Pessoal está é uma entrevista
da revista Abril!
É antiga está postagem!
As versões infantis dos mundos virtuais são
até mais inventivas do que as dos adultos
Gabriela e Juliana: elas marcam hora com os amigos para brincar on-line
Elas são exemplos acabados de uma nova geração de crianças. Chegam da escola, dão uma volta no shopping, emendam com o jantar numa pizzaria e, se da maratona ainda sobra algum fôlego, vão a cinemas e livrarias. Mas nada disso se passa no mundo real. Os passeios são feitos em universos virtuais nos quais as crianças vivem pela internet situações que simulam a realidade, sempre representadas por um personagem que elas próprias criam. Os personagens têm nome, idade e até jeito de ser – tal qual o Second Life, o mundo virtual que faz sucesso há mais tempo entre os adultos. Dessa nova leva de sites infantis, uma pesquisa mostra que o mais freqüentado por crianças do Brasil e de vários outros países é o Club Penguin, da Disney, uma cidade de pingüins cujo total de "habitantes" já é semelhante ao de metrópoles como Mumbai, na Índia: são 12 milhões de espécimes, a quem dão vida crianças de cinco continentes. Em paisagens pontuadas por lagos e montanhas nevadas, elas brincam de pescar, fazem campeonatos de bola de neve e praticam esqui, o esporte nacional do clube. O que as crianças afirmam ser mais divertido, no entanto, é a sensação de passar por situações típicas do mundo adulto, caso das amigas Gabriela Carlete e Juliana Bolletta, ambas de 10 anos: elas arranjaram emprego, escreveram para o jornal Penguin Times e têm dinheiro (em suas carteiras virtuais) para gastar – tudo em companhia de uma turma de amigos, que marca hora e lugar para navegar no tal clube.
Brinquedos em geral incentivam as crianças a simular situações da vida adulta, mas o que esses têm de diferente em relação aos convencionais é que nenhum outro proporciona uma interação tão completa. Desse ponto de vista, afirmam os especialistas, eles são uma boa novidade. Diz a psicóloga Ceres Araujo: "Nos mundos virtuais, as crianças não só fazem escolhas, a exemplo do que ocorre com qualquer outra brincadeira, como ainda vivenciam as conseqüências delas". No clube dos pingüins, por exemplo, elas acumulam dinheiro virtual para gastar, mas sabem que a poupança vai minguar caso decidam conferir luxos ao iglu onde moram, como lhe dar a forma de um aquário. Ao adotarem um animal, outra das brincadeiras do clube, terão de alimentá-lo bem – com excesso de chiclete, eles ficarão mais fracos. Em outro site de sucesso do gênero, o Neopets, quem descuida de seu animal de estimação sofre decepção ainda maior: ele permanece temporariamente fora da brincadeira. Avalia a professora Andréa Nolf, do Núcleo de Pesquisa de Psicologia em Informática da PUC de São Paulo: "Os novos mundos virtuais para crianças têm o mérito de ajudar a desenvolver um senso de responsabilidade – e são ótima fonte de diversão".
Thomas e a mãe, Simone, navegam juntos na internet: "O computador é o meu melhor brinquedo"
Ela e outros estudiosos fazem, no entanto, algumas ressalvas com base no que já foi pesquisado. A primeira é que esse gênero de site infantil, que se presta ao lazer, não deve consumir mais do que uma hora do dia de uma criança. A razão é simples: ela precisa preservar o tempo livre para brincar com outras crianças – longe do computador. Isso nem sempre acontece. Outro ponto fundamental em relação a esses mundos virtuais é que algumas de suas ferramentas ajudam, de fato, a tornar a navegação mais segura. Entre elas os especialistas apontam os filtros de segurança programados para vetar a circulação na rede de palavrões e informações pessoais, além das equipes de monitores de plantão para flagrar diálogos suspeitos – e eventualmente expulsar do clube os que extrapolam os limites da boa convivência (veja o quadro).
São todas ferramentas úteis, mas nenhuma delas substitui o papel dos pais de orientar os filhos sobre como fazer bom uso da internet. Desse gigantesco banco de dados, a maior parte não interessa às crianças (e muitas vezes a ninguém mais). No entanto, o restante pode lhes abrir um mundo de informações úteis e bom lazer. Ajudar as crianças a separar a parte boa do lixo que trafega na rede é certamente papel dos adultos. Funciona assim na casa de Thomas Tangerino, de 7 anos, e tem dado certo. O menino obedece a um conjunto de regras em casa: só entra na internet depois de feitas as tarefas escolares, não passa mais do que uma hora em frente ao computador e freqüentemente tem a seu lado a mãe, a psicóloga Simone Tangerino. Juntos, eles descobriram na internet vários dos sites infantis que tanto atraem Thomas e as crianças de sua geração. Sim, todos adoram o Club Penguin e descrevem com entusiasmo suas aventuras na internet. Resume Thomas: "Não consigo imaginar como era antes, no tempo dos meus pais, sem um brinquedo tão legal quanto o meu computador".
Valeu...
Penguinando...
Minha vida como pingüim
Marcadores: Banguinn | author: Cp Banguinn NewsPosts Relacionados:
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